O blog da Comunidade Horta Fatumbi

Comunidade Horta Fatumbi

Objetivos :

- Proteger o trabalho social de Pierre Verger e a cultura Afro-Brasileira das religiões do Candomblé, através da Fotografia, Sociologia e criação Artística na dinâmica da viagem e da migração, e qualquer outra atividade cultural ou social.
- Luta contra os efeitos colaterais da exclusão gerada pela invalidez terapeutica.

 

 PERSONAGENS 

MARIA APARECIDA: Rainha do lugar 
GRINGA: A estrangeira
PIPOCA: Vendedor de pipoca diabética e analfabeta
ZE E MANUAL: adolescentes de 15 anos, amantes e seropositivos
GABRIELA L'ORPHELINE: prostituta malcriada
SERGIO: pequeno vendedor de doces e lenços
ANTONIA: mãe de Sergio
IVONE: guardião de um convento
MAMA LOURDES: falsa vidente 
TONIO LE BORGNE: músico deformado
TERESA LA DEVOTE:  sapos de água benta
VIRA-LATA :  um animal de estimação da Plaça
OTAVIO: escritor falhado, alcoólatra
RUBI E SAFIR: irmãs gêmeas com ternura infinita
PADRE DENILSON: jovem padre idealista
SONIA LA PUTAIN: velha prostituta com um grande coração
DOTTOR AUGUSTO: Aristocrata comunista
TURCO: belo hidalgo viajante
O SINTONIZADOR: o filho de Maria Aparecida
NINA LA NORDESTINA: ex-conhecida de Maria Aparecida

Eu sou o filho desta herança distorcida, banhada no sangue respingado da República. Sinto-me honrado e orgulhoso por ter conseguido conquistar minha vida sem a ajuda de meu pai biológico e de sua família! Meu livro não é a descrição de uma receita mágica, pelo contrário. Não é uma soma de documentos comprovativos para encontrar desculpas e boas razões para a passividade. Não estou querendo ficar rico ou famoso. Meu livro é apenas uma prova de que a corda que aperta meu pescoço não me afasta! que sou livre dos meus verdadeiros opressores: minha família biológica brasileira ...

Minhas mães não se substituem, mas, pelo contrário, se somam.

Axé, que Deus te abençoe, família de Santo ...

Meu bisavô se chamava Lizier Anouilh e ele era de família “Ariègeoise”(região da França nos Pyréneus). Por quatro gerações, minha família nasceu na Argélia. Antes de ser brasileiro, desci de “pied-noir” (os Francês que nasceram na Africa do Norte) e cresci na França. Devo minha determinação de querer viver na Bahia, tendo sido criado em uma cultura do exílio, tendo sido arrancado de minha terra natal e ao mesmo tempo acolhido pela família de minha mãe no mito de uma comunidade sem-retorno.

 Minha bipolaridade se manifesta pela perda do sonho. Eu já passei por fases as mais agudas das minhas crises sem dormir quase 8 dias. 

Eu já era quase uma estrela no céu antes do internamento hospitalar me ajudar de volta ao real a pesar de sentir o contrário de uma dor : o sentimento profundo de amor que ia sem volta me conduzir pela morte igualmente se eu ia me afogar no fundo do mar na procura de Yemanjá.

"...Agora quero contar as histórias do cais da Bahia. Os velhos marinheiros que consertam as velas, os capitães, os Negros tatuados, os vagabundos conhecem essas histórias e essas canções. Já os ouvi nas noites de lua cheia na Praça do Mercado, nas feiras, nos portinhos da baía, perto dos grandes navios suecos, nas pontes de Ilhéus. O povo de Iemanjà tem tanto para contar!
Venha ouvir essas histórias e canções. Venha ouvir a história de Guma e Lívia, porque é a história da vida e do amor no mar. Se não te parece bonito, não é culpa dos homens rudes que o contam. Você ouve isso da boca dos homens rudes que o contam. Você ouve isso da boca de um homem da terra, e é difícil para um homem da terra entender o coração dos marinheiros. Mesmo que esse homem ame essas histórias e essas músicas e vá às festas de dona Janaina, ele não conhece todos os segredos do mar. O mar é um mistério que só os velhos marinheiros* entendem".

*Você deve ler: o mar é um mistério que nem os velhos marinheiros entendem.

- MAR MORTO - Jorge Amado

Quando eu tinha 17 anos, quando cheguei da França e não conhecia ninguém na minha nova escola secundária no Brasil, eu usava drogas. Eu fiz isso de vez em quando para me tornar interessante. Eu nunca comprei drogas, mas as usei durante as noites festivas com amigos. Então, quando eu saí da escola, eu naturalmente parei de usá-lo. Comecei a viver como casal e a trabalhar no ramo de restaurantes, mas nunca tive uma queda pelo álcool. No entanto, na minha profissão, tive a oportunidade de experimentar todos os álcoois, mas não gosto de cerveja ou apenas em variegada, misturada com limonada.

©Ogan Fabien - Dique Tororó - Engenho Velho de Brotas - BA

UM FRANCO-BRASILEIRO EM SALVADOR, NO BAIRRO ENGENHO VELHO DE BROTAS. VILA AMERICA
Fundação Pierre Verger, Engenho Velho de Brotas. (RETRATO DO MÊS : Fabien, fotografo do Boletim - 6 septembre 2010)

“ 2007, eu pensava na morte...O Candomblé me ajuda ainda hoje, dando-me instrumentos para o meu sucesso nesta volta ao Brasil. Sinto que ganha espaço de vida, que me permite uma qualidade de vida por que nesta sociedade urbana ocidental, se você não trabalho , você não é ninguém...

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