Eu me chamo Fabien, apesar de ter um nome que não existe no Brasil, e que virou moda depois da novela "Fabien" muita curtida pelo Brasil todo...
Nasci no Brasil. País de três raças: negro, branco e vermelho, um pais de migração. Para ser brasileiro e ter cidadania, só basta ter nascido no Brasil.
O que é diferente na maioria dos países da Europa. Você pode ate nascer na França e nunca obter a cidadania. Isso se chama lei do sangue... Quem é francês pode ser até nascido fora se ele tiver uma mãe ou pai francês basta para ele ter a nacionalidade.
Meu caso é este, e eu tenho a dupla cidadania e dupla responsabilidade na frente das duas partes da minha história!
Por ter sido arrancado da minha terra natal por razões familiares, eu vivi na França com minha família materna sempre com um olhar em volta do Brasil, e todos os meus colegas de escola me chamavam - Ô brasileiro - apesar de ter conseguido resguardar na minha memória apenas não mais de 10 palavras de português no meu vocabulário. Como por exemplo, a palavra - GOL -, que eu gritava no pátio da escola a cada goleado o gesto técnico que deixavam meus colegas em admiração e orgulhoso de me ter no seu Team !
- Em memória a meu amigo Stéphane (1973-2024) -
" Os "Pied-noir" se acostumaram a falar altos na França para mostrar para os franceses que o sotaque deles não era daqui, mas com orgulho de vir de "là-bas". Meu avô falava árabe, mas ele nunca quis me ensinar uma palavra, no final da vida dele, de vez em quando saíam algumas palavras dele falando sozinho porque ele não tinha mais ninguém com quem conversar ".
©Famille Russo
Nas minhas existências dos anos 80 de crianças, eu vivencio minha identidade "de brasileiro de fora" sozinho, eu não tive a oportunidade de crescer com nenhum amigo brasileiro. Nos vivemos, eu e minha irmã, em paralelo porque quando ela chegou depois de mim na Franca, recém-nascida, sem ter falado o português, fez dela uma criança que nunca sentiu falta do Brasil, a sua incompreensão dela, era ---a pena--- de não conhecer seu pai.
O fato de ter crescido sem comunidade, me chamou a atenção desde meus primeiros anos de escola a me interessar sobre as matérias de História e Ciências Humanas para conhecer a história do meu País.
Nessa época dos anos 80, os únicos brasileiros conhecidos na Franca eram refugiados políticos da ditadura militar, artistas do tropicalismo.
Desde jovem conheci as obras de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia com os vinis da minha Mãe que voltaram com ela em nossos baús. Ela tem aquela voz que me fascinava apesar de ter perdido o significado do idioma nas suas músicas. Eu ficava apenas apegado pelos ritmos lancinantes das palavras cantadas. Os tropicalistas representavam essa militância brasileira na Europa. E eu fiquei me interessando na literatura de Jorge Amado que me ajudou mesmo na França a amadurecer meu sentimento nacional esquerdista da minha identidade mestiça.
Bem mais velhos, eu conheci relatos de brasileiros, que chegaram com uma certa imagem da Europa, e que para manter um veículo com seu país de origem voltaram a formar um sentimento comunitário forte e fraternos através tradição culinárias, culturais e artísticas para não perder suas ligações afetivas com a nação.
De um ponto de vista regional, o território que se destaca de todos lá fora é o Rio de Janeiro e a Bahia com um certo reconhecimento sobre o valor da Negritude. Isso é incrível, quando no Brasil nos falamos do preconceito do Sul sobre o preconceito racial contra a Bahia, os valores identitárias que se destacam mais sobre o Brasil para os franceses, é a grande influencia etno-racial da cultura afro brasileira sobre a construção identitária do Brasil.
O baiano, o que ele tem de formidável, e que ele é dono da sua própria cultura que ele sempre preserva com orgulho e respeito. o que é mais difícil conseguir manter a mais você direciona-se pelo sul do Brasil por causa da urbanização e do cosmopolitismo da ---sociedade branqueada--- e capitalistas.
É apenas acreditável, o baiano lá fora, através de sua cultura veiculada, pela capoeira, suas influências musicais e seu carnaval é considerado como o verdadeiro representante da cultura brasileira. Quando as diferenças regionais no Brasil criam racismo e xenofobia, lá fora os brasileiros qual seja seus pertencimentos regionais se agrega através a bandeira brasileira, sem distinção identitária ou étnica, vale a pena conservar uma forma classista de se comunicar entre eles.
O brasileiro quando ele migra para Europa, tem 2 tipos de migrações:
- A migração estudantil brasileira que vem estudar em universidades. Estas pessoas geralmente faz parte da elite brasileira. Porque mesmo com uma bolsa estudantil que não é dada a qualquer estudante para estudar fora, é impossível se manter na Europa sem a ajuda familiar. E tem a questão do visa de permanência estudantil que é pedido antes da chegada, já em consulado ele representa um grande investimento financeiro que não é qualquer um que é capaz de assumir para poder se matricular no ensino superior publico, com a cobertura e o seguro saúde obrigatório para prevenir qualquer problema ou acidente.
Ou são brasileiros de recente migração e que guardaram uma ligação com o país de origem que conseguiram uma documentação de um passaporte estrangeiro que lhe dá um acesso a pena melhor a sua estadia.
Da identificação desta população podemos problematizar a primeira hipótese da maneira seguinte, dessa elite brasileira a maioria "branca" em relação a organização social, voltando da sua experiência estudantil na Europa poderá ou se comportar de maneira conquistada pelo molde de vida europeu querendo reproduzir este modelo de pensamento ao seu dia a dia de volta na organização social da seu quotidiano de vida no Brasil ou no inverso a sua dificuldade de adaptação na Europa produziu na sua experiência de vida na Europa uma forma de rejeição do modelo europeu que na sua volta em casa lhe proporcionou uma satisfação de querer conhecer melhor as realidades de vida do seu país de pertencimento ?
- A segunda migração, aquela que vem trabalhar e ganhar um dinheiro.... Ela é já mais precária. Quando ela não sabe dançar, ela aprende a sambar no avião! O brasileiro, para o francês é um poeta e um artista profundo, obviamente ele sabe tocar de um instrumento e se ele não jogar futebol ele sabe dançar ou cantar.
E é este tipo de atividade para muitos deles que sustenta a vida do Brasileiro na Europa e que continua a dar um prestigio cultural internacional sem nenhum investimentos para cultura das instancias diplomáticas brasileiras, a imagem está gravada mais que nunca a pesar de toda o sofrimento do nosso povo artistas para se manter, porque é ainda um tipo de verba que além de ser informal continua gratificante e é melhor cantar 2 horas que trabalhar no campo colhendo tomates 80 horas por semanas em regiões camponeses, como todas as estratégias que existem no mundo da capoeira para construir sua viagem iniciática de mestre na capoeira e utilizar sua rede para divulgar sua arte.
O trabalhador brasileiro tem a reputação na Europa de não ser fiel para fazer trabalhos pesados, é considerado um trabalhador muito "frágil" para grandes obras pesadas. Isso não quer dizer que os brasileiros não são fiéis, pelo contrário, isso quer dizer que a população que chega pelos aeroportos são pessoas já favorecidas com uma formação cultural já elaborada e de classe média que tem a capacidade de se fundir e se adaptar na sociedade. Os verdadeiros trabalhadores da população Brasileira que estão acostumados a pegar obras e trabalhos pesados não chegam até aí, os europeus do mercado comunitário Europeu prefiram confiar estes trabalhos pesados para os europeus do Leste que é uma população a mais preparados para aguentar trabalhos em situações perigosas e pesadas.
A população brasileira e afrodescendente tem boa reputação em relação a seu próprio histórico da construção da sociedade brasileira através da história do trabalho escravo com o trabalho de empregada domestica moderna nas casas da alta sociedade brasileira da região sudeste de grande reputação no trabalho da faxina.
Os grandes hotéis de luxo privilegiam estas trabalhadoras portuguesas e Brasileiras para o trabalho de faxina em hotéis que representam os empregos pesados da Suíça. O rigor do trabalho é compensado pela qualidade dos altos salários apesar da profissão ser de pouca qualificação no mercado de trabalho suíço, e valorizado em comparação a empregos similares em outros lugares da Europa (fora dos empregos sazonais em regiões turísticas como Mônaco, Luxemburgo ou Côte d' Azur...).
Quando somos estrangeiros, em qualquer país que seja, a única maneira de migrar para uma certa estabilidade, ela se faz pelo casamento com uma pessoa do país de migração, ESSA REGRA É FUNDAMENTAL E UNIVERSAL DO NORTE COMO PELO SUL DO PLANETA.
Quando Claude Lévi-Strauss, a partir dos relatos numerosos de viajantes em territórios indígenas e com sua experiência moderada pessoal do campo como experiência de viagem no interior do Brasil, este eminente professor do início do século XX conseguiu elaborar o modelo teórico de Antropologia sobre as LEIS UNIVERSAL DA HUMANIDADE. E é em toda modéstia que como sociólogo no século XXI, o princípio migratório para entrar numa logica de estabilidade no território de migração passa pelo CASAMENTO.
Nesta temática eu tentarei elaborar, deste postulado, algumas argumentações fundamentais de Sociologia do gênero que deixa permitir de colaborar na argumentação desta regra fundamental da " MIGRAÇÃO PELO CASAMENTO ".
Isso é uma condição quase obrigatória para obter um visto de permanência ou caminhar ao acesso à cidadania para entrar no mercado do trabalho convencional e sair da economia subterrânea ou o tráfico.
Obviamente isso não quer dizer que você vai ser gerente de empresa, porque muitos Brasileiros com cursos universitários avançados das redes publicas brasileiras trabalham fazendo faxina, costurando e cuidando de crianças em casa de família.
A migração fora dá um sentimento de orgulho quando a gente volta para o Brasil mesmo se os Brasileiros escondem a verdadeira humilhação de ocupar as profissões subalternas lá fora para poder estar com orgulho de poder no fim do mês mandar um trocado no Brasil para ajudar a família ficado lá e que acompanham seu parente pelas redes sociais pensando que ele está espalhando todo seu brilho lá fora.
No mercado do trabalho lá fora, um dos setores de atividades que ainda não sofre de preconceito, é a área de saúde, assim quem mais que uma pessoa afrodescendente dos territórios das Antilhas francesas poderia aceitar para trabalhar fazer a ---toilette--; de idosos em asilo (EPAD) quando os filhos de famílias tradicionais no mercado de trabalho tivessem a 30 anos seus primeiros filhos e vidas profissionais a pena iniciada e se a esta idade eles são super qualificados e prestativos profissionalmente mas eles faltam de maneira cruel de amadurecimentos sobre a vida e uma forma de humanidade porque foram criado na lógica da competição com uma visão elitizada da sociedade que limita sua empatia a respeito do social.
Quem mais que uma muçulmana já a muito anos inserida na vida profissional na França e que é quase bisavô aos 50 anos poderia melhor se cuidar destas pessoas que o peso da idade e das responsabilidades deixaram elas amnésicas para lhes proteger do tempo ?
Na outra extremidade, um dos setores que sofrem mais de racismo é o setor da segurança. Da segurança do metrô à boate, o setor inteiro da segurança está sob o controle dos africanos da Europa e em minoria a população do Magreb em bairros periféricos de fortes populações migratórias. Isso poderia chamar a atenção de maneira positiva em primeiro aspecto, mas é ilusório ver de mais perto porque se você pensa bem, o negro a um certo ponto, qual que seja sua formação inicial, terá toda a dificuldade do mundo para achar um emprego numa área que não seja em relação direta ou indireta com o trabalho de segurança.
Da mesma maneira, mais da metade dos asiáticos na França trabalha na rede de gastronomia asiática ou com fabricação têxtil apesar de serem formados e bem diplomados em área cientifico de alto nível. Os judeus possuem ainda e a muito tempo o controle do comércio das grandes cidades e se eles dominam as relações financeiras que sempre foi relatada de maneira antissemita pela história da Europa como um traço cultural das suas comunidades, que pode ser visto na sociedade moderna um relato discriminatório apesar da autenticidade da minha relevância.
A migração que existe na Europa transita a 95% pelos aeroportos, por isso os aeroportos são lugares altamente desconfortos porque é um lugar super controlado e vigiado.
É claro que estes barcos são histórias totalmente reais ! é um outro histórico das relações Norte-Sul com a África através do mundo mediterrâneo e é utópico que dos barcos que chegaram nas costas italianas da Sicília e que não foram pelo fundo do mar, as pessoas consigam sair dos seus terríveis destinos, e é a pena pular de uma fronteira para outra em campo de refugiado em condição ainda mais precária de conhecer o inverno europeu e continuar a luta da migração.
Mas quem vai impedir um brasileiro de passar 1 mês e 1/2 na França de ferias se ele tem condição de ficar... Uma pousada agendada, um endereço de um conhecido, um familiar se ele tem sua passagem de volta pago e seu passaporte de turista valido ?
Quando a gente fala da migração clandestina, são já as pessoas que fizeram a escolha de "tentar a sorte". Duma situação de turismo para aquele, de um dia para outro ele entrara no mundo da ilegalidade.
Saber observar para não ser controlado pela polícia, estar preparado para entrar no mundo paralelo...
Existe na França uma forma ainda mais perversa de arriscar ser arrancado de volta para seu país de origem, são os <sans papiers>, os meandros da lei são tão complicado na França que um migrante de longo período pode entrar num processo de perto da sua estadia e isso pode acontecer em crianças que foram criadas lá e que perderam suas estadias na maioridade para voltar num país que elas não conhecem e com parentes desconhecidos com a humilhação de todos por essa volta forcada pelas autoridades governamentais. tem também muito casos de migrantes que estão em situação legal com trabalho, família, carro e casa e que desta situação estável perdem a estadia!
O trabalho clandestino se acompanha geralmente neste tipo de caminho com a chegada numa rede de trabalho organizada para pagar sua passagem até chegar ao destino. Estas pessoas não imaginam que armadilhas estão caindo chegando ali fora, mas para aceitar estas propostas geralmente elas estão numa situação tão opressiva em seus países de origem que vale aceitar qualquer recurso e esquema para fugir das condições econômicas sem soluções. Aí está sobre a autoridade e a proteção da organização e estará no lucro do seu trabalho escravo até pagar o preço da sua viagem.
Ninguém poderá sobreviver sozinho muito tempo sem cair no mundo da marginalização e ficará na periferia da cidade em gueto para migrantes.
O que é muito complicado na França é que nos estamos no mundo do racional. Fora do aspecto administrativo da sua permanência com uma identidade, um outro documento essencial para sua estabilidade, é o número INSEE, que você pedi na CPAM (INSS) que lhe dá uma abertura ao sistema de saúde gratuita. Nenhum médico recebe um paciente no <particular>, toda a afiliação do sistema de saúde passa pelas redes do sistema público de saúde ou que lhe deixa numa situação perigosa se você é clandestino e acontece uma coisa com você, o sistema de saúde é único.
É como o número do CPF, com o sistema de identificação eletrônico, será que você poderá viver sem este número no futuro sem já estar marginalizado de fato?
Migrar é uma longa aprendizagem de viagens sucessivas que lhe abrem uma forma pratica de conhecimento e uma expertise de pensamento e agilidade espiritual com um extinto agudo de sobrevivência porque ele necessita um espírito em alerta constante e a passividade é seu maior inimigo.
Os franceses apesar de ser criticado por seu etnocentrismo exacerbado de se achar a Mãe Partia do planeta, sofrem de uma forte pressão da migração internacional, e ela é obrigada para continuar a se manter desenvolver projetos sociais colossais e para não deixar explodir a panela de pressão como fui ou caso a respeito do tempo de trabalho e a aposentadoria recentemente.
No Brasil, seus recursos para superar a desigualdade residem no poder comunitário de meio privado.
O espaço que o governo não soube dar para a luta contra a pobreza acentuada com o governo Bolsonaro é um terreno fértil que dá espaço para as religiões evangélicas.
Para se expandirem, em toda evidência e sem buscar muito longe, a política que Jair Bolsonaro quis providenciar na sua demissão total do planejamento econômico e do social na sua política nacional, tinha o objetivo de favorecer a expansão das Igrejas evangélicas, na estrutura da sociedade Brasileira.
Se nos podemos dizer que o poder público deu sua demissão no Brasil a respeito do enquadramento das instituições para fortalecer uma economia planejada em vez de pensar um liberalismo selvagem.
De maneira inversa, na França, na Alemanha, na Suíça, na Inglaterra e em alguns outros países da Europa, o Estado toma completamente o controle do racionalismo do seu território onde tem regulamentação para tudo, até para a profundidade de sua piscina!
Pode ser que é por isso que os franceses estão tão fascinados pelo exotismo cultural da vida no Brasil?
Em situações de migração na França, precisa comprar um Chip telefônico de qualquer operadora em sistema de recarga, justificando uma situação sobre o território francês válida, um passaporte a dia, uma identidade francesa, ou um título temporário de residência para poder fazer funcionar o dispositivo.
Para quem está em situações intermediárias de migração, ter um celular com um chip francês é uma das condições essenciais para se manter vivo numa sociedade altamente regulamentada e normativa para poder se abrir na possibilidade de entrar no mercado do trabalho:
- Ter um número de - Sécurité Sociale (INSEE) - é primeiro passo para trabalhar quando já estiver com uma situação regularizada na prefeitura para pedir o famoso " titre de séjour ". Este passo pode demorar meses em função da sua situação e estando você em situações de viajante, será dessa forma que a seleção natural se fará, só aqueles os mais resistentes o em situações privilegiadas, por exemplo estar casado com uma cidadã que você conseguirá se manter até poder trabalhar com carteira assinada.
- A segunda condições a poder trabalhar quando a sua situação é ainda em situações precárias, hoje a solução é a partir de todos estes aplicativos de entrega em casa - UBER Eat - que você pode separar uma renda de sobrevivência.
Assim, este molde moderno de se socializar na França criou todo um esquema de trabalho ilegal e de exploração dos mais pobres. Assim como aqui também no meu bairro em Salvador, muitas pessoas para trabalhar e ganhar uma forma de se sustentar precisam apenas de um celular e de uma bicicleta para ser dono do seu comércio.
Diria também que em - Cité - (lugar de moradia em zona habitacional popular) eu suponho que eles funcionam na forma de uma organização porque não é possível em situações de clandestinidade abrir uma conta bancária para recolher dinheiro das suas entregas, deve ter alguns deles em situações de registro legalizado agindo em grupo de forma piramidal. Assim o grupo deve evoluir em banda organizada e cada um evolui em coesão com o grupo até conseguir sair da clandestinidade e ganhar sua própria autonomia.
Uma coisa importante para poder evoluir de maneira positiva no acesso ao título de permanência é poder fazer uma declaração de imposto de renda como pessoas em situações profissionais já estabelecida.
Trabalhar por exemplo na limpeza no Metrô ou num hospital porque uma renda fixa proporciona a possibilidade de declarar sua renda com seu acesso ao INSS (CPAM) como autônomo por exemplo, e é a partir da sua declaração de renda que lhe ajudará abertura para ganhar seu título de permanência na França.
É realmente um caminho de sacrifício, mais cedo você se joga no caminho da migração, mas você terá possibilidade de acertar. É importante saber que de um lado como do outro qual que seja seu nível de formação, se você não está encaixado num órgão do serviço público ou privado seus diplomas não valem nada ou pouca coisa para competir com cidadã formado no país. Qual que seja sua formação você estará passado por os trabalhos os mais desvalorizados para se sustentar ou apenas competências artísticas ligado à sua própria cultura pode fazer a diferença lá fora.
E isso, eu diria até quando você foi alfabetizado no país que lhe acolhe, as possibilidades nunca serão iguais na frente do seu processo para seu legalizado. O que prevalece num emprego qualquer que seja, aqui como lá, é sua rede de contatos.
Nós fomos poucos que saíram do meu conjunto habitacional por ser criado lá com título e formação acadêmica superior, tive sim alguns outros exemplos muito mais marcante que tivesse conseguido empregos de professores e até de "agrégé" o título mais alto nos concursos professorais, mais já são geração muito mais velhas que a minha. hoje o sistema é muito mais bruto aqui como lá.
Mas hoje as relações entre vizinhos mudaram não existe mais " lien social communautaire fort et relations de voisinages", ficou apenas a barra de concreto armada e desumanizada, a gente não mais cresce dentre deste prédio, a rotação e as mudanças destes alongamentos fazem que você esteja aqui hoje em situações de trânsito com alguns moradores antigos. São alongamentos que servem para fazer um benefício sobre pessoas com baixa renda e grandes famílias, nós chamamos estes donos de - les Marchands de soupes -, e é o objeto de uma especulação imobiliária para alugar com uma obra simples para estudantes que ficarão 1 a 3 anos até se mudar para situações mais confortável. Só os moradores antigos são proprietários do seu móvel.
O ponto positivo para morar aí é que você está na periferia há mais perto do centro da cidade (como o - Engenho Velho de Brotas - e sua localização no centro de Salvador).
E isso é um ponto positivo para poder trabalhar e com tudo em volta da sua residência (supermercados, farmarcias, lojas, cinemas, comércios, administrações ...) e isso para um aluguel bem mais acessível que em situações residenciais no centro da cidade com um acesso direto a todo tipo de transporte (ônibus, Metrô, tramway) ou em casas individuais da classe média em cidade próximos dos centros urbanos ou precisa de um carro para se locomover em todo tipo de situações diárias.
É por isso que os velhos em situações urbanas terminam a vida em hospícios (EPAD).
Não tem ligação comunitária para sobreviver dentro de um mundo individualista e sem recursos para sustentar o núcleo das famílias que vivem exclusivamente em volta do trabalho e de uma organização sem agregar os mais velhos sendo a cada idade mais isolados da sociedade.
* Laboratoire Diasporas - Maison de la recherche - Université Toulouse II - Le Mirail : Alain Tarrius, Angelina Peralva, Hasnia-Sonia Missaoui
Fabien L.,
Pós-graduação - Doutorado em Ciências Humanas - Antropologia
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Mestre em Sociologia - IPEA Toulouse II - Le Mirail / UFBA