A casa de Oxalá - Ilê Axé Opô Aganju - ©Obarayí

"Eu Ogan Fabien , acusa o governo francês tivesse utilizado de maneira discriminatória " o processo de desvio " de Pierre FATUMBI Verger por fim político para destabilizar o Brasil através suas próprias crenças Cultural, Racial & Religiosas ligada a seu processo histórico escravatorio com a África".
Fabien L.,

O que devera ser esclarecido pelo futuro, e por mais clareza do mundo cientifico no Brasil em relação a área da Antropologia. Qual era a relação cientifica e pessoal entre finada Gisèle Cossard-Binon (Mãe Omindarewá)  e Finado Pierre Verger (Babá Fatumbi) nesta relação com a África sabendo que a malha entre estes dois gigantes franceses da pesquisa científica em Antropologia sobre o Candomblé é meu Pai Balbino Daniel de Paula, Obarayí.

Hoje, em consideração a sorte de ter participado do conhecimento da Obra de Pierre FATUMBI Verger, e com mais clareza sobre seu trabalho, eu estou com quase certeza que as fotos dele que chegaram até nós, fazem parte do seu acervo particular da sua função como militar e fotógrafo de guerra.

Isso explicaria o fato, como pessoa solteira, e de nacionalidade francesa, o direito a ter ficado no Brasil com um visto de permanência ou de ter adquirido a nacionalidade Brasileira pela sua função aposentada como militar da Legião Estrangeira.
O que não foi esclarecido para mim é que este corpo de elite do exército francês são soldados hoje profissionais e Pierre Verger provavelmente incorporou este regimento, em primeiro lugar em situações de mobilização por conta da segunda guerra mundial.
 
Após o fim da segunda guerra mundial e sua incorporação no Senegal (ler a prefacie de Théodore Monod do livro de Pierre Verger: Éwe) e geograficamente no continente Africano. Ele foi chamado de novo como reservista porque ele tinha ainda todos os critérios de elegibilidade para ser chamado para os conflitos nas guerras da África do Norte e depois com o conflito da guerra de Indochine .E se ele fosse para o SINAI, foram por razão própria e por conta da sua idade.
Em situações de guerra onde é "fugir para não morrer", o que chamou uma grande admiração na sua obra é que para não perder seu controle e sua saúde mental, ele foco todo a sua atenção sobre a cultura do seu meio ambiente para continuar a ficar no seu eixou e continuar a aprender estando em situações de estrangeiro na cultura dominante em vez de simplesmente se trancar sobre se mesmo recusando o benefício de novos conhecimentos.
 
Enfim, o que eu achei admirável é que ainda 60 anos atrás, você podia a partir de nada explorar o campo do seu contexto geográfico fazendo propostas e hipóteses críticas do conhecimento da sua área de pesquisa. É por isso a quase 60 anos você podia permanecer na sua área de trabalho com um Doutorado.
Hoje em dia, o campo está tanto fragmentado e segmentado por atores do mundo universitário que para perseguir no domínio da sua área você precisa criar todo um esquema padrão para justificar da sua presença.
Pode ser que a sua incorporação como soldado em região colonial, e na época era por causa da sua situação de "francês de fora" radicalizado já nas Américas (no Peru).
É por isso que Théodore Monod na sua descrição insistiu sobre a singularidade de Pierre Verger como elemento merecendo todo seu reconhecimento porque provavelmente não deveria ter muitos francês neste quadro em situações de incorporação colonial e mesmo com um nível escolar do encino médio naquele época, ele deveria formar uma elite para seus camaradas de companhia. Ele devia ter todas as características singular para ter um perfil de líder.
 
Naquela época muitos estrangeiros no Brasil como italianos, mas também francês escolheram o casamento com portuguesas para obter a naturalidade Brasileira (as famílias portuguesas de nacionalidade já brasileira por migrações mais antigas) para escapar das companhias de mobilização em "comptoire", em todos as Américas.
É difícil se projetar tanto tempo atrás num clima de conflito mundial. O meu avô paterno em essas circunstâncias entre as tensões por questões de Territórios e de fronteiras motivo ele sem dúvida para embarcar naqueles navios Cruzeiros para conhecer o mundo.
 
Mas na realidade a sua situação pessoal já indicava um verdadeiro quadro para ele tentar "a sorte".
 
Nascido em Marselha de uma francesa radicalizada desta região, lavanderia de profissão, ele nasceu sem Pai e foi reconhecido por um Italiano que registro ele, se juntando a Mãe do menino. Provavelmente, na cabeça dele, de adolescente e de francês morando em fronteira não muito longe da Itália , seu conflito interior devia ser tão grande em pleno período do Mussolinismo e do fascismo que ele resolveu embarcar...

1/5 - OBARAYÍ - Ilê Axé Opô Aganju - Lauro de Freitas - BA

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Para quem quiser saber o tenente militar dele, convido a devolver a pergunta para pessoas da - Fundação Pierre Verger - são pessoas autorizadas a responder esse tipo de pergunta.Mas poucos de nós hoje somos capazes de avaliar a importância, tendo em conta o auto sacrifício, que a posição dele representa.
O que posso dizer por experiência própria é que os franceses que tentam seguir a carreira militar na - Legião Estrangeira - se têm o nível exigido para passar nas provas de seleção, é que têm todos os elementos para se tornarem oficiais em um corpo de exército com mais de 145 nacionalidades.

Se Pierre Verger foi liberado após seu papel de reservista na Legião Estrangeira depois da segunda guerra mundial e que ele chegou o 5 de agosto de 1946 na Bahia sobre as indicações de Roger Bastide professor de Sociologia e Antropologia Cultural na USP . Em que título ele esteve em 1953 na África para se iniciar como Babalaô ?
Neste momento da história dele, ele estava aí sobre as recomendações do povo do Candomblé da Bahia procurando uma maneira através do seu papel de militar reservista a poder achar um caminho para se estabelecer num lugar construindo uma carreira transitória com o caminho da pesquisa científica ?

Acredito que Pierre Verger quando se tornou FATUMBI tivesse nenhumas intenções científicas por trás deste ato. Seria completamente absurdo dizer isto e negar o próprio ato divinatório das religiões de matriz Africana.

Lembre-se do filme – Mensageiro Entre Dois Mundos -. Seria durante manobras militares que ele teria sido deixado por morto em uma aldeia e pelos segredos das folhas e dos rituais iniciático que ele foi trazido de volta à vida e renascido em FATUMBI após ter passado vários meses sozinho no meio de uma população local.

Mas só comprometo eu dizer que ele estava a caminho de encontrar uma saída para a sua situação de reservista militar (ao posto de - Major - que é um posto de oficial para reservistas do contingente militar).

E que aos poucos, conseguiu se inserir no “Mundo Baiano” através de sua atuação como pesquisador.

Ele representava para os estudantes universitários da Bahia, acostumado a um ensino elitizado para a grande maioria de uma população privilegiada, ainda há mais de 40 anos atras, uma pessoa iconoclasta que vivenciou a África de forma totalmente prática o que era totalmente novo para um ambiente universitário altamente normativo assim ele ganhou e conquistou um lugar para ficar.

Mãe CICI será que seria a primeira filha dele que pela iniciação, garantiu para ele espiritualmente a volta na África, pela paz de Oxalá e não como militar em situações de conflito ?

Rio Vermelho CP 2102 41950-970 Salvador – Bahia – Brasil +55 (71) 9993 42484 horta.fatumbi.fabi@gmail.com

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