Herança

A Herança é às vezes uma briga de família para conquistar o poder mas quando essa briga leva os próprios filhos se arriscar a morte para poder sobreviver se questiona em nome dos mais velhos qual é a finalidade desta transferência de poder ?

 

Qual que seja a profissão dos protagonistas e seus níveis intelectuais, são os mais novos sempre que irão herder dos mais velhos e não ao contrário, materialmente como também espiritualmente.

 

O Candomblé sempre me aprende a respeitar os mais velhos e me enriquecer com humildade sobre a sabedoria ancestral da nossa cultura.

A intolerância existe tanto como descriminação Religiosa & Racial como descriminação de classe quando um membro de uma família escolheu para sobreviver se afastar do pensamento de dominação sem nenhum tipo de consideração identitária ligada a cidadania.

 

Minha Mãe me criou com a verdadeira responsabilidade de uma Mãe no seu papel de comprometimento com seus filhos me ajudando sempre de todas as maneiras possível a pesar da sua distância geográfica com o Brasil e de uma pessoa que faz parte do povo trabalhador da primeira parte dos 60% da população na França.

Para eu sobreviver, eu tive que escolher de voltar a meu país de nascimento com a ajuda e o acompanhamento do próprio sistema de previdência social que soubesse me orientar na minha volta.

 

Porque minha Bipolaridade é uma questão cultural da minha história em relação a minha família biologica Brasileira que nunca soubesse me aceitar como um verdadeiro membro dessa construção familial e identitaria entre a França e o Brasil.

Eu tive a sorte de conhecer @Mãe CiCi de Oxalá que soubesse me ajudar a me sair da morte.

Junto com o acompanhamento da medicina convencional em consultório médico, o meu acolhimento na religião de Matriz Africana na Bahia me ajuda a ter uma compreensão espiritual através os Orixás.

 

O fato de fazer parte das populações Negras constitutivas das partes as mais humildes da sociedade urbana Brasileira do Nordeste não me deixa de ser orgulhoso de pertencer no Candomblé na casa do Ilê Axé Opô Aganju como Ogã num dos terreiros os mais tradicional de Nação Ketu Nagô na Bahia do Babalorixá OBARAYÍ.

O meu maior ressentimento é que eu não conseguia fazer o distanciamento até hoje entre pertencer nas classes as mais riscas da sociedade Brasileira representando os 3% do Brasil e em mesmo tempo por causa da ganância da minha própria família biológica Brasileira estar em situações de risco e sozinho materialmente no meu dia a dia a pesar da riqueza espiritual da minha família de Santo e como aquela de muitos dos meus vizinhos do Engenho Velho de Brotas que eu aprendi a conhecer no cotidiano do dia a dia ao longo dos 15 anos que eu morro na Bahia.

 

Esta situação foi proporcionado pela Fundação Pierre Verger que não aceitou até hoje reconhecer a minha herança espiritual dentro do Axé e pelo próprio papel de competição entre filhos,filhas, irmão e irmã e compreensão da minha integridade com um todo por uma parte do "meus país" até agora no processo iniciático em relação a trajetória e as diferentes visões da herança espiritual e cultural de Pierre Fatumbi Verger.

 

 

O Candomblé é uma religião acolhedora como qualquer uma, além de ter o orgulho de fazer parte dela porque você foi escolhido pelo seu Orixá e este viagem em Junho 2023 me permitiu de compreender melhor e tornar a página sobre a maldade e a hipocrisia da minha família biológica Brasileira.

 

Agradeço a minha família de Santo e a educação que eu tive com minha Mãe na França com minha irmã Annabel que soubesse com as forças dos Orixás e meu anjo de guarda proporcionado pela força espiritual do meus Avós maternos abrir e fortalecer a direção do meu caminho de vida...o viagem é uma real transformação interior que fortalece seu Ori e que me ajudou retornando no Rio de Janeiro, abrir novas perspectivas me permitindo de aliviar minha dor e encontrando a paz e a misericórdia desta injustiça.

 

Motumbá