- Lycée Pasteur São Paulo com Mãe CiCi - ©Ogan Fabien
A primeira vez aos vinte e oito anos, quando cheguei na Bahia para iniciar uma pesquisa de Sociologia com a universidade de Ciências Humanas de Toulouse, passando pelo Rio na família, logo meu primo alguns anos mais novo me levou com um amigo de infância dele nas boates de Copacabana de uma maneira totalmente normal até com a aprovação da família que achava isso era normal para um homem da classe media alta e com um nível social favorecido poder frequentar este tipo de lugar.
A sexualidade e o encontro amoroso é uma das coisas mais próprias e pessoais de uma sociedade, de uma identidade cultural e de um grupo social.
A gente fala do romantismo francês mas isso é verdade na França, entre jovens de um colégio ou de um liceu, a gente se olhava, se questionava numa sociedade nos anos 80 onde os níveis sociais e cultural de um estabelecimento público das redes municipal da cidade de Toulouse era relativamente homogêneo na visão da "paixão amorosa" entre nós, não existia sexualidade em troca de dinheiro.
Eu fui criado num ambiente onde o sexo se fazia sem dominação por próprio prazer de estar junto.
Quando eu cheguei no liceu Pasteur no último ano do ensino médio, muito destes "filhos de PaPai " tinham um comportamento errado frequentando no centro de São Paulo este bairro chamado : " a boca do lixo" no fim de semana e tinha comportamento racistas em relação a dominação pelo trabalho de uma das últimas herança do trabalho escravo da sociedade Brasileira de hoje :
- " o trabalho doméstico ".
Na casa de finada Tia Lourdes em São Paulo, em casa tinha uma pessoa que se chamava Elsa, e que foi quase criada com ela, ela já trabalhava na casa dela quando o Alain Georges nasceu no ano 44 quando eu conheci ela em 91.
Já pensou ? trabalhar na casa de alguém 50 anos e permanecer a um outro tipo de estatuto que não lhe dá o direito de considerar ser parente da família !!!
Eu estava entrando lá num dos labirintos de uma nova forma de conhecimento que desafiava todo a educação de "pequeno francês" no meu ensino escolar público francês entre o meus 7 anos de idade ao meus 17 anos...
Elsa era uma Negra escura e já na idade superior aos 60 anos quando eu conheci ela aos meus 17 anos quando eu fui estudar no Lycée Pasteur meu ano do - Baccalauréat -.
Elsa me fascinava porque na sociedade francesa onde eu fui criado nos anos 80 não existia este tipo de relação de afeto com o ser humano em território francês .
Ela representava para mim a primeira e única relação com a negritude para eu vindo da França neste momento da minha educação de jovem adulto.
Ela acordava, todos os dias quase na madrugada antes que a gente ia trabalhar e estudar a partir de 7h. De vez enquanto eu ouvia o barulho do chuveiro antes das 5 h da manhã e quando a gente ia tomar café seu serviço era já adiantado.
A gente quase não ouvia ela na casa a pesar de ela viver com a gente quase num silêncio total.
Uma vez minha curiosidade foi tão grande que fui no quarto dela para eu querer conhecer essa pessoa que convivia com a gente e que quando eu cheguei apenas me foi apresentada.
De ter uma pessoa que morava com a gente e que eu nem conhecia a história sem dividir nenhuma forma de intimidade me questionava.
Foi a primeira e a última vez que eu tentei ter uma aproximação com Elsa porque esta vez, ela foi lo dizer a Tia Lourdes que me reprimiu deste ato.
Desta vez de ter sentado no quarto dela completamente minúsculo com malas juntadas uma acima da outra num lugar da casa perto da lavanderia e da máquina de lavar a roupa era o ato de mais na incompreensão da minha família biologica Brasileira a incomodar as relações sociais estabelecido a séculos e que não seria eu de bagunçar.
Eu comecei a entender nesta viagem as relações com a negritude que estando nos anos 90 em São Paulo estabelecidas ainda no inconsciente das pessoas e até nas plantas das construções das arquiteturas dos prédios modernos do bairro de Higienópolis onde eu morei neste viagem na casa da finada Tia Lourdes junto com Alain Georges o ano da preparação do < Baccalaureat > no Lycée Pasteur em São Paulo onde os apartamentos até hoje são construídos com uma área de serviço para alojar empregados domésticos enquanto na França isso nunca existiu após o século XIX e o início do século XX.
As casas e os prédios, hoje e desde dos anos 50 na França são construção sem este tipo de estrutura na planta das casas.
Em uma proporção bem superior aos 50% cada um é responsável em família ou como solteiro da limpeza da sua casa.O trabalho doméstico na França muitas vezes é controlado por orgão associativo da própria prefeitura ou município e organizado para ajudar os idosos não mais capaz de lo fazer para concervar uma autonomia em casa porque não todos têm as condições financeiras de estar hospedado em asilo (EHPAD) custo elevado para as famílias que não todos têm condições de assumir mesmo se é proporcionado na própria aposentadoria do idoso como vários tipos de categorias.
Numa sociedade europeu constituído de um casal que trabalha ou em situações monoparentais com filhos, os avós vivem separado do núcleo parental e as vezes longe dos filhos em consideração das profissões dos casais que procurar morar sempre mais perto dos lugares empregadores.
Portanto foi aí, neste liceu, que eu tive meu primeiro caso de namoro sério aos 18 anos com uma francesa da escola que se chamava Elodie e que era aluna de uma turma escolar 2 anos anterior a minha.
A sexualidade no Brasil me parece ser uma coisa muito diferente de um país como a França que perdeu totalmente os protocolos sociais de uma educação religiosa que no Brasil está totalmente na dominação do catolicismo e do puritanismo religioso evangélico no controle social da relação amorosa hetero sexual e que explica este machismo e essa inegalidade homens/mulheres numa sociedade culturalmente religiosa e comunitário a diferença do mundo secular europeu.
Numa sociedade culturalmente igualitária com uma proporção maior de mulheres aos acessos no trabalho, permito uma melhor igualdade na relação de dominação no casal.
Será que o princípio de homogamia se verifica da mesma maneira que na França aqui no Brasil ?
As trajetórias familiar são tão complicadas e múltiplas justamente por causa do espaço religioso também presente em meio urbano da sociedade Brasileira cosmopolita e com a maior complexidade das relações raciais desta escala social mais comprida explica na França o respeito dos princípios sociais da homogamia ser mais rígidos estruturalmente por causa de uma sociedade mais homogêneo permitindo na relação amorosa espaço de liberdade sexuais maiores.
Isso foi sempre mostrado em exemplo na relação ao corpo e à higiene corporal dos brasileiros e com a relação da educação das crianças.
Se o Brasil na plateia internacional foi sempre mostrado com as mulheres numa relação com um verdadeiro culto (carnaval carioca) do corpo não quer dizer que são mulheres "fácil".
Pelo contrário, o corpo é uma mercadoria para obter o melhor resultado na sua negociação amorosa com o resto da sociedade.
Têm uma distância maior entre sentimentos e sexualidade porque o controle social é maior por causa do espaço religioso na vida da sociedade, ao contrário o mundo secular exponho o < encontro amoroso > como uma relação ao destino porque a sorte é maior numa sociedade maís aberta porque maís igualitária.
Um exemplo claro, não existe Motel como objeto totalmente declarado na França como em muitos outros país na Europa.
A prostituição nos anos 60-90, na França se fazem em bairros perto da rodoviária com reputação de ser "baixa astral" porque ele é interligado com a migração clandestina e ao tráfico de droga.
Também foi numa separação amorosa que tive minha primeira crise Bipolar aos 22 anos e que foi o início do meu enfraquecimento com o ciclo da depressão e a minha conscientização que essa dor inconsciente era provocada pela separação dos meus Pais.
Homogamia :
Que que é ?
A gente conhece no vocabulário "homossexualidade" mas homogamia é um termo sociologico que até não deve se achar facilmente no dicionário português do Brasil.
Primeiramente, para dar uma definição, eu vou explicar para vocês que é a Sociologia já que é uma disciplina não mais ensinada nas universidades Brasileiras desde a ditadura militar.
A gente conhece as ciências sociais, ou em estudos do mundo Afro, historiadores sociais e também a antropologia que já é uma disciplina de museu na França e que será sempre o objetivo da sociedade Branquisada no Brasil de terminar com ela.
A Sociologia tem como papel estudar os fatos sociais como coisas.
É a melhor definição que eu tenho da Sociologia, mas vocês vão me perguntar : que é um fato SOCIAL ?
Vou responder para vocês com um exemplo bem concreto.
Emile Durkheim, um dos pais da Sociologia, se interessou no "fato SOCIAL" do suicídio no século XIX, e com os registros de mórbidade da prefeitura de Paris para começar a quantificar de maneira estatística as pessoas que morrer em Paris num período relativamente grande a partir destes registros para constituir grupos e começar a criar uma tipologia analisando de maneira científico o suicídio...
Se tem mais mulheres que homens, qual é a proporção por idade, se o suicídio é mais frequente na noite ou no dia, onde ele acontece e de que maneira, mais em que período do ano...
E começou a constatar que existe leis. Assim, um fato SOCIAL que poderia ser um fato de representação da " locura", também responde a um determinismo em relação a um " fato SOCIAL" estudado como coisas.
A homogamia se interessou pela relação em Sociologia do gênero que as pessoas que se casam juntos são pessoas que socialmente respondem a critérios de determinação e sociais no "encontro" do parceiro.
Assim responde por exemplo a critérios culturais, religiosos, critérios de idade, geográficos, financeiros, raciais e até de tipos de cabelos...e eu posso confirmar para uma coisa que foi estudado e popularizado no Brasil que é o "branqueamento da pele com o cruzamento do sangue", é justamente uma teoria que foi estudado por Roger Bastide a partir das teorias sobre a homogamia que já existentia com Durkheim no século XIX e pais da Sociologia a mesma título que Toqueville ou outro estudioso da ciência social como Karl Marx ou Max Weber.
Você vai me dizer, eu tenho na minha família um parente de 75 anos que é casado com uma pessoa de 40 e eles são de lugar diferente do nordeste...
São apenas critérios estatísticos que respondem a leis mas eu concordo que a homogamia mesmo se ela responde a critérios diferentes de um país para outro, são leis sociais e universais da Sociologia.
E buscando bem, é o exemplo que confirma as regras do SOCIAL. E eu vou ser mais Claro com vocês se o casal não funciona ou se separa não quer dizer que não entrou em um processo universal da homogamia qual que seja o motivo da separação, e continua a responder em critérios sociais da ruptura.
Assim podemos pensar que é totalmente lógico que nós casamos com alguém que parece com se mesmo porque a diferença em si questiona.
Aí você vai me dizer que a Sociologia é uma disciplina do mundo europeu e racista.
Apena eu quer dizer que mais a gente se parece mais vai ser fácil de funcionar para conviver junto. É o não É ?
Tá ok agora sobre minha definição da Homogamia ?
A minha Herança com o Candomblé não é Cultural mas sanguínea apesar do que a gente pode duvidar porque ela é invertida, não é minha família biologica Brasileira que têm sangue Negro mais o lado francês através minha família Materna.
A minha Mãe e sobre quatro gerações nasceram na África do Norte, na Argélia .
A minha família francesa se tornou francês no solo francês a partir de 1962 com a independência da Argélia e como " Pied noir" (os europeus não muçulmanos que colonizaram a África do Norte) não deixa de ser a primeira grande migração no solo francês após o início do movimento da descolonisação.
Na foto aqui, meu avó Materna que é "Pied noir " de família siciliana.
Dá para perceber no seus traços uma herança antepassada com o Magreb anterior à própria migração familiar como "pied noir" e a muito gerações. E provavelmente Negro então porque na conplexidade do mundo mediterrâneo, a Itália pela sicilia foi invadida pelos móros.